Paranormal é um termo empregado para descrever as proposições de uma grande variedade de fenômenos anômalos ou estranhos ao conhecimento científico.
Muitos compreendem o termo paranormal como sinônimo de parapsicologia, que lida com fenômenos psíquicos como telepatia, ESP, e estudos do sobrenatural como fantasmas. No entanto, o termo mais amplo para paranormal inclui assuntos considerados como sendo externos ou fora do alcance da parapsicologia, incluindo UFOs, criptozoologia e muitos outros de cunho não-psíquico.
Paranormal portanto, é todo conhecimento que não pode ser explicado pelo nosso conhecimento científico atual sobre o cérebro humano.
Existem pessoas que alegam possuir poderes paranormais, e acabam sendo excluídas do círculo social por serem consideradas estranhas[carece de fontes?]. Para os defensores de teses paranormais, a capacidade de possuir os supostos poderes paranormais seria na verdade a possível manifestação de um dom e deve ser respeitada. Paralelamente aplica-se a palavra aos fenômenos pouco habituais, sejam físicos ou psíquicos.
Como fora anteriormente mencionado, geralmente paranormalidade, está atrelada a outras manifestações como por exemplo a mediunidade.
A mediunidade é o nome atribuído a uma capacidade humana que permite uma comunicação entre homens e espíritos. Ela se manifestaria [1] de forma mais ou menos intensa em todos os indivíduos. Porém, usualmente apenas aqueles que apresentam num grau mais perceptível são chamados médiuns[2].
Assim, um espírito que deseja comunicar-se entra em contato com a mente do médium e, por esse meio, se comunica oralmente (psicofonia), pela escrita (psicografia), ou ainda se faz visível ao médium (vidência). Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, descreve também fenômenos de ordem física, como batidas (tiptololigia), escrita direta (pneumatografia), voz direta (pneumatofonia), e ainda materializações ectoplasmáticas em que o espírito desencarnado se faz visível e até palpável aos presentes no ambiente onde ocorra o fenômeno. Outras formas de comunicação com os espíritos podem ser encontradas em O Livro dos Médiuns.
Enquanto no meio espírita utiliza-se a palavra médium para designar o indivíduo que serve de instrumento de comunicação entre os homens e espíritos, outras doutrinas e correntes filosóficas utilizam termos como clarividente, intuitivo, sensitivo. No entanto, o significado desses termos é, pode ser considerado por alguns com o mesmo significado, porém cada um pode ser disguinguido como uma faculdade sensitiva diferente. Medium seria aquele que serve de elo entre o mundo em que vivem os espiritos (quarta vertical, quartal dimensão, mundo astral...) e o mundo terreno, assim este se abre para que o espirito se utilize dele. Clarividente é aquele que tem capacidade de enxergar a quarta vertical através da "terceira visão". Intuitivo é aquele que tem capacidade de sentir a cadeia dos acontecimentos e assim preve-los, assim sensitivo também se adequaria a está faculdade.
Os parapsicólogos forenses, também conhecidos como investigadores psíquicos (do inglês Psychic Witness), são sensitivos que trabalham em conjunto com a polícia na investigação de crimes de difícil solução[3] (inexistência de testemunhas, escassez de provas, excesso de suspeitos,...). O papel desses paranormais, segundo Sérgio Pereira Couto em artigo na revista Ciência Criminal [3], "consiste basicamente em captar sensações sobre o que aconteceu nos locais dos crimes e passar as informações para que os detetives tomem as devidas providências administrativas, incluindo a detenção de suspeitos para interrogatório".
Com o sucesso dos seriados em canais pagos que tratam do tema, as polícias de diversos estados americanos passaram a admitir em público o uso de paranormais em investigações onde a tecnologia mostra-se insuficiente.
O Discovery Channel elaborou um seriado para tratar desse tema, reportando as atividades de quinze investigadores psíquicos no apoio às polícias de diversos estados americanos, como a Califórnia, Ohio, a Pensilvânia, a Louisiana e o Arizona.
Vale no entanto destacar que a Lei americana obriga a polícia a ouvir todos os que dizem saber algo sobre a investigação, incluindo aqueles que se intitulam médiuns ou sensitivos, que voluntariamente se apresentam para ajudar, não fazendo parte do procedimento policial a busca de cartomantes, médiuns, etc para a solução de crimes. Na Tv, o seriado chega a ser fantasioso e não apresenta os milhares de casos onde tal ajuda não resultou em sucesso, não se enquadrando, o entretenimento, em reportagem investigativa ou mesmo documentário sério.
Sally Headding, uma respeitada clarividente americana, formada em psicologia clínica e Ph.D. pela Universidade de Berkeley (Califórnia), aponta que atualmente o principal problema da popularidade dos investigadores psíquicos nos EUA é o surgimento de uma série de falsos médiuns que se apresentam para ajudar a polícia em casos de grande repercussão. No entanto, segundo as palavras de Sally, os verdadeiros médiuns dificilmente procuram a polícia, ao contrário, são convidados por esta para colaborar nas investigações, o que tecnicamente não é verdade segundo as leis americanas.
No Brasil, o uso de médiuns em processos da Justiça é reconhecido oficialmente apenas no Estado de Pernambuco, onde a Constituição Estadual, além de legitimar o testemunho de médiuns, prevê como obrigação daquele Estado e dos seus municípios a prestação de "assistência à pessoa dotada dessa faculdade, [desde que] comprovado por profissionais especializados". Essa comprovação é justamente um mecanismo para que se tenha certeza de não se tratar de um caso de charlatanismo.[3] Infelizmente, o processo de definição pelo estado do que é charlatanismo ou não, não está claro.
Textos psicografados por médiuns como Chico Xavier e Jorge José Santa Maria (da Sociedade Beneficente Espírita Amor e Luz, no Município de Porto Alegre) já foram incorporados a processos criminais na forma de provas documentais.[3]
Na segunda metade do seculo 19 diversos médiuns foram levados a realizar testes que tornaram supostametne plausíveis a existência de espíritos, por exemplo as médiuns Leonora Piper e Gladys Osborne Leonard. Os resultados obtidos na época, com cada uma dessas médiuns, foram bastante convincentes. Piper foi tão famosa que chegou a ser citada na Enciclopédia Britânica de 1911 em dois verbetes[4] [5], e ainda admitida no discurso de William James publicado pela revista Science como possuidora de poderes paranormais[6] .
O neurocientista Núbor Orlando Facure diz que a mediunidade é um fenômeno fisiológico, universal comum a todas as pessoas, e que pode se manifestar de diferentes maneiras. Nos estudos que realiza, busca compreender a relação entre os núcleos de base dos automatismos psico-motores e aqueles que geram o fenômeno da mediunidade. Em entrevista dada à revista Universo Espírita (N°35, Ano 3), Facure aponta que os neurônios em espelho podem ser os responsáveis pela sintonia que permite sentirmos no lugar do outro. No entanto, Facure também diz que isso são apenas conjecturas e que atualmente não existe comprovação científica de que o fenômeno se dê dessa forma[7].
Em pesquisa realizada por Frederico Leão e Francisco Lotufo, Médicos-psiquiatra da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, constatou-se uma melhora dos aspectos clínicos e comportamentais de "650 pacientes portadores de deficiências mental e múltiplas" ao submetê-los a um tratamento espiritual realizado através de reuniões mediúnicas. Como resultado do estudo, os autores sugerem a "aplicação do modelo de prática das comunicações mediúnicas como terapias complementares"[8].
As polêmicas em torno da mediunidade baseiam-se, em grande parte, pelos argumentos apresentados por outras religiões também cristãs, dizendo que a Bíblia condena a prática da necromancia e demonstrando que os espíritos poderiam ser demônios comandados por Satanás, com o simples intuito de realizar diversos tipos de enganos. Mas esse argumento encontra contradição no próprio fato de que já foram psicografados diversos textos com ensinamentos de acordo com os de Jesus, o que não condiz com as características que normalmente seriam atribuídas a um demônio enganador, mas isso não diz anada, já que demônios podem se passar por anjos. Já para a Doutrina Espírita, a Bíblia não condena a prática mediúnica pois esta seria um fenômeno natural.
Aí está. Nosso convite é: Existem várias manifestações atreladas ao fenômeno da paranormalidade. Um deles, a mediunidade foi exemplificado, contudo existem outros. Deixe seu comentário, traga mais informações, textos ou artigos.
Inclua em sua pesquisa também a mediunidade, pois o tema abordado acima, foi muito superficial.
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