segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Alma e Espítiro- Qual a diferença?
As palavras "alma" e "espírito" nas Escrituras provém de palavras hebraicas e gregas, línguas em que a Palavra de Deus foi escrita. Vejamos:Alma - No AT, vem do hebraico vpn (nephesh). Ocorre aproximadamente 755 vezes, sendo traduzida de diferentes formas, dependendo do contexto. No Novo Testamento, a palavra grega é quch (psyche) e ocorre aproximadamente 105 vezes.Espírito - No AT, são usadas as palavras Mwr (ruach) e hmvn (neshamah). Aparece 377 vezes. No Novo Testamento, a palavra grega para espírito é pneuma (pneuma); ocorre 220 vezes.Ambas são traduzidas de diversas formas nas Escrituras; eis alguns exemplos:Alma - vida (Gn 9:4,5; 35:18; Sl 31:13, etc), pessoa (Gn 14:21; Dt 10:22; At 27:37, etc), cadáver (Números 9:6); apetite (Ec 6:7) coração (Ex 23:9) ser vivente (Ap 16:3) pronomes pessoais (Sl 3:2; Mt 26:38)A palavra “alma” aparece na Bíblia aproximadamente 1600 vezes, e em nenhum caso refere-se a uma entidade fora do corpo, ou que seja “imortal”. Espírito - vento (respiração - Gn 8:1), espírito (no sentido de alento - Jz 15:19), atitude ou estado de espírito (Rm 8:15; I Co 4:21, etc), sopro ou hálito de Deus (II Ts 2:8, etc) consciência individual (I Co 2:11, primeira parte).Possui também outras definições: anjos e demônios (Hb 1:14; I Tm 4:1, etc) aplica-se como apelativo a Cristo (II Co 3:17) a Divina natureza de Cristo (Rm 1:4), a Terceira Pessoa da Trindade (Rm 8:9-11; I Cor. 2:8-12)O termo "espírito", em todas as vezes que aparece nas Escrituras referindo-se ao ser humano, não expressa o conceito de que o mesmo seja uma entidade imaterial consciente capaz de sobreviver fora do corpo.Por que existem tantos sentidos para as palavras “alma e espírito”? A línguas bíblicas não possuem um considerável número de verbetes. Como exemplo temos o hebraico, que não tem vogais, preposições, ou conjunções. É esta escassez de palavras que torna possível apenas uma assumir vários sentidos. Como comparação, vejamos a língua portuguesa. Mesmo sendo rica em letras e verbetes, enfrenta certas dificuldades. A palavra “manga” tem mais de 1 sentido: manga de um casaco; a fruta cujo nome é manga, etc. Se a nossa língua, com seus muitos verbetes têm palavras com vários sentidos, imagine o alfabeto hebraico !
Apesar das diversas traduções, é importantíssimo sabermos que o conceito básico de "espírito" e "alma" encontramos no texto de Gênesis 2:7, onde nos é mencionado o processo utilizado por Deus na criação do homem:“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (neshamah), e o homem passou a ser alma (nephesh) vivente”. Gênesis 2:7.Deus formou ao homem de 2 elementos: pó da terra e fôlego de vida. De acordo com o original, este texto seria da seguinte forma: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o espírito de vida (fôlego de vida), e o homem passou a ser uma pessoa vivente".Isto significa que no conceito Bíblico:A) Espírito é o fôlego de vida proveniente de Deus;B) Alma é a união do corpo com o fôlego de vida, ou seja, a pessoa como um todo. Isto é apoiado pelo texto de Deuteronômio 10:22. Exemplifiquemos isto:Digamos que você tenha uma lâmpada e não tenha e eletricidade. Terá luz? Certamente não.Agora suponhamos que você tenha a eletricidade, mas não tenha a lâmpada. Terá luz? Também não.Para haver a luz, terá de ter a lâmpada e a eletricidade; apenas uma delas não bastará.O mesmo se dá com a vida. Para existir vida, temos de ter o corpo e o espírito (fôlego de Deus). Caso contrário, não temos vida; somos inconscientes. Como disse Jesus:“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu”. João 11:11-14.Cristo comparou a morte a um SONO, confirmando assim o que diz Salomão:“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”. Eclesiastes 9:5-6.
Portanto:
Lâmpada + eletricidade = Luz.Lâmpada - eletricidade = Sem luz.
Pó da Terra (corpo) + fôlego de vida (espírito) = Alma vivente. Pó da terra - fôlego de vida = cadáver - sem vida.A união do corpo com o fôlego de vida de Deus resultou numa alma vivente. Assim, podemos ver que o homem “é uma alma”. (cf. Deuteronômio 10:22), não “possui uma alma”.O fôlego de vida (espírito) humano, dado por Deus, a fonte de toda a vida (Salmo 36:6; Colossenses 1:17, etc) é o mesmo de todos os animais (leia Gênesis 7:22; Eclesiastes 3:19); isto quer dizer que este alento não pode ser algo inteligente, pois se o fosse, o fôlego de vida dos animais (o espírito) teria de ser algo racional também.
Quando morre o corpo, o fôlego de vida não mais existe; torna para Deus (Eclesiastes 12:7) (reintegra-lo, talvez, no ar). Sendo que este espírito (sopro ou fôlego de vida) não é algo pensante, na morte o ser humano deixa de existir como um todo.De acordo com as Escrituras, o único que possui a imortalidade é Deus: “a qual, em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!” 1 Timóteo 6:15-16.Isto se dá porque, para o homem fosse eterno, teria de obedecer a Deus para ter livre acesso á árvore da vida, que perpetua a existência. Como o homem pecou e Deus o expulsou do éden, ele não comeu mais da árvore da vida, tornando-se assim mortal. (Leia Gênesis 3:22-24; Isaías 51:12). Se já fôssemos imortais, não haveria necessidade de Adão ter comido da árvore da vida, e nós de a comermos no céu. (cf. Gênesis 2:16, 17; 3:23, 24 e Apocalipse 22:2). Como seríamos imortais sendo que Deus privou o homem de comer da árvore da vida? (ver Gênesis 3:22 e 24). O homem foi criado com a imortalidade; mas esta era “condicional” à obediência a Deus. No céu, quando Jesus voltar e nos levar com ele iremos comer da árvore da vida para sermos imortais: “No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. Apocalipse 22:2.“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”. Apocalipse 22:14.“e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”. Apocalipse 22:19.Se já tivéssemos uma alma ou espírito imortal, não haveria necessidade disto.Se o espírito ou alma já estivessem no céu (vivendo de um modo imaterial), porque Jesus iria vir nos buscar? Não haveria necessidade disto se já estivéssemos lá em cima.A ressurreição é uma prova de que a pessoa ainda não está no céu na morte; se Jesus vem nos ressuscitar a pessoa para levar ao céu, é sinal de que ela ainda não está lá. Com o auxílio de uma concordância analítica, podemos verificar que o hebraico “nephesh” e o grego “psique” não aparecem uma única vez coma idéia de imortalidade ou eternidade. As mesmas palavras hebraicas usadas para definir espírito são usadas para referir-se ao “fôlego de vida” que Deus soprou nas narinas do homem; assim ocorre também com as palavras gregas.
O estado do homem na morteNa Bíblia, a morte é comparada a um “sono” cerca de 53 vezes, indicando assim o estado de inconsciência dos mortos até a volta de Jesus (Salmo 6:5; 13:3; 88:10-12; 115:17; Isaías 38:18-19; Eclesiastes 9:5-6 e 10; I Tessalonicenses 4:13-16).“A Bíblia não apóia em absoluto a doutrina popular de que os mortos permanecem conscientes até a ressurreição. Pelo contrário, enfaticamente refuta tal ensinamento (Sl 115:17; Ec 9:5). Emprega-se comumente o verbo dormir como símbolo da morte (Dt 31:16; 2 Sm 7:12; I Rs 11:43; Jó 14:12 ; Dn 12:2; Jo 11:11,12; I Co 15:51; I Ts 4:13-17; etc). A declaração de Jesus, que consolava a seus discípulos com a idéia de que eles voltariam a estar com ele na ocasião de sua segunda vinda e não na morte, ensina claramente que o “sono” não é uma comunicação consciente dos justos com o Senhor (João 14:1-3). Do mesmo modo, Paulo explicou que ao produzir-se o segundo advento, todos os justos que então estão vivos e os mortos que ressuscitarão neste momento se unirão simultaneamente com Cristo, sem que os vivos precedam os mortos (I Ts 4:16,17)” . Se a morte fosse um começo de uma nova existência, não poderia ser chamada pelas Escrituras de nossa “inimiga” (I Coríntios 15:26); teria de ser chamada de amiga, pois estaria nos ajudando a ir para o paraíso.
Como os justos irão pára o céu. Origem da doutrina da imortalidade da almaNão nos esqueçamos que as pessoas que foram arrebatadas ao Paraíso (Enoque, Moisés e Elias) o foram com o corpo, em vida e não por ocasião da morte (Moisés foi ressuscitado antes de ir ao céu - cf. Judas 9). Isto é uma prova indiscutível de que o ser humano, ao ir para o Céu, irá também com o corpo e não em espírito apenas.Basta estudarmos a história e veremos que “a doutrina da imortalidade da alma não é bíblica, mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do século V em diante, graças à influência de Agostinho...” (Professor Otoniel Mota, Pastor Presbiteriano, em Meu Credo Escatológico [opúsculo], ed. 1938, p. 3.)
Questões Bíblicas para análise:1) Se a pessoa ao morrer fosse para o céu ou para o inferno, que necessidade haveria de Jesus voltar e nos ressuscitar, se já estivéssemos no céu? (os de Cristo, na sua vinda - I Cor. 15:23). É ilógico Jesus enviar-nos do céu 'em espírito' para a sepultura para depois ter de ressuscitar. Como harmonizar a doutrina da ressurreição com a doutrina imortalista? 2) Como crer que ao morrermos vamos para o céu se em Hebreus 11:39 e 40 os heróis da fé ainda não obtiveram a concretização da promessa, pois Deus não quer que sem nós eles sejam aperfeiçoados? (Lembremos de I Cor. 15:20).3) Como crer na doutrina da imortalidade da alma sendo que a eternidade do homem era condicional à obediência a Deus, e por desobedecer Adão foi privado da árvore da vida para que não se tornasse imortal como Deus? Nós não comemos da árvore da vida... (Gênesis 3:22-23). Porque iremos comer da árvore da vida no céu se nosso espírito é imortal? (Apocalipse 22:2).4) Se somos imortais, porque devemos ainda “buscar a imortalidade e a incorruptibilidade”? (Romanos 2:7). Se devemos buscar, é porque não a temos.5) Porque Jesus diz ser a morte um sono? (João 11:11-14) Porque Jesus disse, após Sua ressurreição, que durante a morte “ainda não tinha subido para o Pai?” (João 20:17).6) Como harmonizar a doutrina da imortalidade da alma com o texto de Mateus 16:27, no qual diz que “a recompensa será dada quando Jesus voltar”? Se estivessem os mortos no céu ou no inferno, já teriam recebido a recompensa...Tal doutrina (vida após a morte) não se harmoniza com a doutrina do Juízo.7) Jesus disse em João 11:25: “... Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; (João 11:25 grifo meu); Ele não disse: “... ainda que morra, vive...”. “Ao contrário, Ele declarou, que no futuro trará da sepultura aqueles que morreram nEle. Veja João 5:28 e 29”.
Quando receberemos a imortalidade. Em João 5:24 o Senhor diz que ao cremos nEle, temos a imortalidade garantida. Mas isto não significa que hoje tenhamos recebido a imortalidade . Isto fica claro nos seguintes textos, onde se afirma que a receberemos quando Jesus voltar e ressuscitar os justos :“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” João 11:25. “E serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos”. Lucas 14:14. “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. João 6:40.
Outros versos:“Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados”. Hebreus 11:39-40. “Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda”. 1 Coríntios 15:23. “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”. 1 Ts 4:13-17.Neste texto podemos ver a seqüência correta dos eventos antes de recebermos a imortalidade que já nos está assegurada em Cristo:1o: Vinda de Jesus;2o: Ressurreição dos mortos;3o: Transformação dos vivos;4o: Arrebatamento dos vivos juntamente com os mortos ressuscitados, indicando assim que iremos para o céu todos juntos; os mortos não vão primeiro após a morte;5o: Encontro com o Senhor nos ares;6o: Vida eterna ao lado de Cristo.Em I Coríntios 15 também podemos observar esta seqüência em muitos detalhes:“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”. 1 Coríntios 15:51-54.1o: Volta de Jesus, anunciada pelas trombetas;2o: Ressurreição dos mortos;3o: Transformação dos vivos;4o: Nos é outorgada a imortalidade, pois é neste momento que é dito que “tragada foi a morte pela vitória”.Eis a seqüência apresentada e apoiada pelas Escrituras.
Apesar das diversas traduções, é importantíssimo sabermos que o conceito básico de "espírito" e "alma" encontramos no texto de Gênesis 2:7, onde nos é mencionado o processo utilizado por Deus na criação do homem:“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (neshamah), e o homem passou a ser alma (nephesh) vivente”. Gênesis 2:7.Deus formou ao homem de 2 elementos: pó da terra e fôlego de vida. De acordo com o original, este texto seria da seguinte forma: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o espírito de vida (fôlego de vida), e o homem passou a ser uma pessoa vivente".Isto significa que no conceito Bíblico:A) Espírito é o fôlego de vida proveniente de Deus;B) Alma é a união do corpo com o fôlego de vida, ou seja, a pessoa como um todo. Isto é apoiado pelo texto de Deuteronômio 10:22. Exemplifiquemos isto:Digamos que você tenha uma lâmpada e não tenha e eletricidade. Terá luz? Certamente não.Agora suponhamos que você tenha a eletricidade, mas não tenha a lâmpada. Terá luz? Também não.Para haver a luz, terá de ter a lâmpada e a eletricidade; apenas uma delas não bastará.O mesmo se dá com a vida. Para existir vida, temos de ter o corpo e o espírito (fôlego de Deus). Caso contrário, não temos vida; somos inconscientes. Como disse Jesus:“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu”. João 11:11-14.Cristo comparou a morte a um SONO, confirmando assim o que diz Salomão:“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”. Eclesiastes 9:5-6.
Portanto:
Lâmpada + eletricidade = Luz.Lâmpada - eletricidade = Sem luz.
Pó da Terra (corpo) + fôlego de vida (espírito) = Alma vivente. Pó da terra - fôlego de vida = cadáver - sem vida.A união do corpo com o fôlego de vida de Deus resultou numa alma vivente. Assim, podemos ver que o homem “é uma alma”. (cf. Deuteronômio 10:22), não “possui uma alma”.O fôlego de vida (espírito) humano, dado por Deus, a fonte de toda a vida (Salmo 36:6; Colossenses 1:17, etc) é o mesmo de todos os animais (leia Gênesis 7:22; Eclesiastes 3:19); isto quer dizer que este alento não pode ser algo inteligente, pois se o fosse, o fôlego de vida dos animais (o espírito) teria de ser algo racional também.
Quando morre o corpo, o fôlego de vida não mais existe; torna para Deus (Eclesiastes 12:7) (reintegra-lo, talvez, no ar). Sendo que este espírito (sopro ou fôlego de vida) não é algo pensante, na morte o ser humano deixa de existir como um todo.De acordo com as Escrituras, o único que possui a imortalidade é Deus: “a qual, em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!” 1 Timóteo 6:15-16.Isto se dá porque, para o homem fosse eterno, teria de obedecer a Deus para ter livre acesso á árvore da vida, que perpetua a existência. Como o homem pecou e Deus o expulsou do éden, ele não comeu mais da árvore da vida, tornando-se assim mortal. (Leia Gênesis 3:22-24; Isaías 51:12). Se já fôssemos imortais, não haveria necessidade de Adão ter comido da árvore da vida, e nós de a comermos no céu. (cf. Gênesis 2:16, 17; 3:23, 24 e Apocalipse 22:2). Como seríamos imortais sendo que Deus privou o homem de comer da árvore da vida? (ver Gênesis 3:22 e 24). O homem foi criado com a imortalidade; mas esta era “condicional” à obediência a Deus. No céu, quando Jesus voltar e nos levar com ele iremos comer da árvore da vida para sermos imortais: “No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. Apocalipse 22:2.“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”. Apocalipse 22:14.“e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”. Apocalipse 22:19.Se já tivéssemos uma alma ou espírito imortal, não haveria necessidade disto.Se o espírito ou alma já estivessem no céu (vivendo de um modo imaterial), porque Jesus iria vir nos buscar? Não haveria necessidade disto se já estivéssemos lá em cima.A ressurreição é uma prova de que a pessoa ainda não está no céu na morte; se Jesus vem nos ressuscitar a pessoa para levar ao céu, é sinal de que ela ainda não está lá. Com o auxílio de uma concordância analítica, podemos verificar que o hebraico “nephesh” e o grego “psique” não aparecem uma única vez coma idéia de imortalidade ou eternidade. As mesmas palavras hebraicas usadas para definir espírito são usadas para referir-se ao “fôlego de vida” que Deus soprou nas narinas do homem; assim ocorre também com as palavras gregas.
O estado do homem na morteNa Bíblia, a morte é comparada a um “sono” cerca de 53 vezes, indicando assim o estado de inconsciência dos mortos até a volta de Jesus (Salmo 6:5; 13:3; 88:10-12; 115:17; Isaías 38:18-19; Eclesiastes 9:5-6 e 10; I Tessalonicenses 4:13-16).“A Bíblia não apóia em absoluto a doutrina popular de que os mortos permanecem conscientes até a ressurreição. Pelo contrário, enfaticamente refuta tal ensinamento (Sl 115:17; Ec 9:5). Emprega-se comumente o verbo dormir como símbolo da morte (Dt 31:16; 2 Sm 7:12; I Rs 11:43; Jó 14:12 ; Dn 12:2; Jo 11:11,12; I Co 15:51; I Ts 4:13-17; etc). A declaração de Jesus, que consolava a seus discípulos com a idéia de que eles voltariam a estar com ele na ocasião de sua segunda vinda e não na morte, ensina claramente que o “sono” não é uma comunicação consciente dos justos com o Senhor (João 14:1-3). Do mesmo modo, Paulo explicou que ao produzir-se o segundo advento, todos os justos que então estão vivos e os mortos que ressuscitarão neste momento se unirão simultaneamente com Cristo, sem que os vivos precedam os mortos (I Ts 4:16,17)” . Se a morte fosse um começo de uma nova existência, não poderia ser chamada pelas Escrituras de nossa “inimiga” (I Coríntios 15:26); teria de ser chamada de amiga, pois estaria nos ajudando a ir para o paraíso.
Como os justos irão pára o céu. Origem da doutrina da imortalidade da almaNão nos esqueçamos que as pessoas que foram arrebatadas ao Paraíso (Enoque, Moisés e Elias) o foram com o corpo, em vida e não por ocasião da morte (Moisés foi ressuscitado antes de ir ao céu - cf. Judas 9). Isto é uma prova indiscutível de que o ser humano, ao ir para o Céu, irá também com o corpo e não em espírito apenas.Basta estudarmos a história e veremos que “a doutrina da imortalidade da alma não é bíblica, mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do século V em diante, graças à influência de Agostinho...” (Professor Otoniel Mota, Pastor Presbiteriano, em Meu Credo Escatológico [opúsculo], ed. 1938, p. 3.)
Questões Bíblicas para análise:1) Se a pessoa ao morrer fosse para o céu ou para o inferno, que necessidade haveria de Jesus voltar e nos ressuscitar, se já estivéssemos no céu? (os de Cristo, na sua vinda - I Cor. 15:23). É ilógico Jesus enviar-nos do céu 'em espírito' para a sepultura para depois ter de ressuscitar. Como harmonizar a doutrina da ressurreição com a doutrina imortalista? 2) Como crer que ao morrermos vamos para o céu se em Hebreus 11:39 e 40 os heróis da fé ainda não obtiveram a concretização da promessa, pois Deus não quer que sem nós eles sejam aperfeiçoados? (Lembremos de I Cor. 15:20).3) Como crer na doutrina da imortalidade da alma sendo que a eternidade do homem era condicional à obediência a Deus, e por desobedecer Adão foi privado da árvore da vida para que não se tornasse imortal como Deus? Nós não comemos da árvore da vida... (Gênesis 3:22-23). Porque iremos comer da árvore da vida no céu se nosso espírito é imortal? (Apocalipse 22:2).4) Se somos imortais, porque devemos ainda “buscar a imortalidade e a incorruptibilidade”? (Romanos 2:7). Se devemos buscar, é porque não a temos.5) Porque Jesus diz ser a morte um sono? (João 11:11-14) Porque Jesus disse, após Sua ressurreição, que durante a morte “ainda não tinha subido para o Pai?” (João 20:17).6) Como harmonizar a doutrina da imortalidade da alma com o texto de Mateus 16:27, no qual diz que “a recompensa será dada quando Jesus voltar”? Se estivessem os mortos no céu ou no inferno, já teriam recebido a recompensa...Tal doutrina (vida após a morte) não se harmoniza com a doutrina do Juízo.7) Jesus disse em João 11:25: “... Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; (João 11:25 grifo meu); Ele não disse: “... ainda que morra, vive...”. “Ao contrário, Ele declarou, que no futuro trará da sepultura aqueles que morreram nEle. Veja João 5:28 e 29”.
Quando receberemos a imortalidade. Em João 5:24 o Senhor diz que ao cremos nEle, temos a imortalidade garantida. Mas isto não significa que hoje tenhamos recebido a imortalidade . Isto fica claro nos seguintes textos, onde se afirma que a receberemos quando Jesus voltar e ressuscitar os justos :“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” João 11:25. “E serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos”. Lucas 14:14. “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. João 6:40.
Outros versos:“Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados”. Hebreus 11:39-40. “Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda”. 1 Coríntios 15:23. “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”. 1 Ts 4:13-17.Neste texto podemos ver a seqüência correta dos eventos antes de recebermos a imortalidade que já nos está assegurada em Cristo:1o: Vinda de Jesus;2o: Ressurreição dos mortos;3o: Transformação dos vivos;4o: Arrebatamento dos vivos juntamente com os mortos ressuscitados, indicando assim que iremos para o céu todos juntos; os mortos não vão primeiro após a morte;5o: Encontro com o Senhor nos ares;6o: Vida eterna ao lado de Cristo.Em I Coríntios 15 também podemos observar esta seqüência em muitos detalhes:“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”. 1 Coríntios 15:51-54.1o: Volta de Jesus, anunciada pelas trombetas;2o: Ressurreição dos mortos;3o: Transformação dos vivos;4o: Nos é outorgada a imortalidade, pois é neste momento que é dito que “tragada foi a morte pela vitória”.Eis a seqüência apresentada e apoiada pelas Escrituras.
sábado, 29 de agosto de 2009
A Ordem dos Cavaleiros Templários - Parte II
Mas afinal você sabe dizer o que é a arquitetura sagrada?
Vamos analisar mais um pouco o mito Templário. Sabemos que, historicamente, a liderança da Ordem era composta por alguns poucos membros. Lembremos os cavaleiros originais, liderados por Hugo de Payns. Inicialmente há um grande espaço de nove anos do momento em que começam a atuar em Jerusalém até quando partem para buscar a aprovação da Igreja para sua Ordem.
Nesse meio tempo, o que fizeram na Terra Santa? Mais uma vez entram as especulações, que nos dizem que teriam dedicados eu tempo a revirar as ruínas do Templo de Salomão, onde teriam achado seu tesouro. O livro As Sociedades Secretas, de Gianni Vannoni, fala como teria sido a descoberta desse tesouro no seguinte trecho:“Vencidos os obstáculos, descobriram uma passagem oculta só conhecida antes por iniciados nos mistérios, e no fim dessa passagem, uma porta dourada onde estava escrito:” Se é a curiosidade que aqui vos conduz, desisti e voltai. Se persistirdes em conhecer os mistérios da existência, fazei antes o vosso testamento e despedi-vos do mundo dos vivos".Dessa forma, após muita hesitação, um dos cavaleiros bateu na porta dizendo: "Abri em nome de Cristo" e a porta abriu-se. Ao entrarem, encontraram entre figuras estranhas uma forma de estátuas e estatuetas, um trono coberto de seda e sobre ele, um triângulo com a décima letra hebraica, YOD. Junto aos degraus do trono, estava a Lei Sagrada ““.Delírio? Pode ser. Mas muitas acreditam piamente de que esse suposto tesouro tenha existido e que sua descoberta mudou a história da Ordem para sempre.E o que seria este tesouro? Para muitos algo que teria contribuído de maneira decisiva para, durante seu apogeu, fazer surgir a arquitetura gótica.
Quem estuda este estilo sabe que seu aparecimento foi repentino e não resultado de um longo processo. Claro que nem todas as catedrais foram construídas pelos Templários. Porém maioria delas seguem regras explícitas e são voltadas para a adoração de Deus em cada detalhe de seu simbolismo. Por exemplo, a Catedral de Chartres possui rosáceas, forma de cruz, ângulos internos e outros detalhes que são considerados parte da arquitetura sagrada.Uma prova do quão engenhosa era esta arquitetura é a análise de alguns elementos básicos. A arquitetura romana baseia-se numa força que age de cima para baixo, onde a cúpula redonda pressiona com seu peso os muros e estabiliza dessa maneira a construção. Já os arcos pontudos de uma catedral gótica baseiam-se no princípio contrário, ou seja, a pressão age de baixo para cima. Alguns sites de arquitetura afirmam que “uma cúpula romana pode eventualmente cair, se mal construída, mas um arco gótico pode explodir. Trata-se de um caso de tensão dinâmica”.E de onde ela teria vindo originalmente? Para muitos foi da planta do Templo de Salomão. As colunas que havia em sua entrada são reproduzidas até hoje de maneira similar em algumas obras, como a Capela de Rosslyn .
E curiosamente vemos a mesma configuração nas entradas de qualquer loja maçônica.Falando nisso, alguém já teve a oportunidade de entrar numa loja dessas? Então experimente. Muitos dos rituais maçons têm a disposição da planta do Templo de Salomão.O seguinte trecho está na obra A Espada e o Graal, de Andrew Sinclair, e reproduz um diálogo tipicamente maçom:Pergunta – O que sustenta a nossa loja?Reposta – Três colunas.Pergunta – Diga, quais os seus nomes, irmão?Resposta – Sabedoria, Força e Beleza.Pergunta – O que representam?Resposta – Três Grão-Mestres: Salomão, Rei de Israel; Hirão, rei de Tiro; e Hirão Abiff, que foi morto por três companheiros de ofício.Pergunta – Esses Grão-Mestres estavam ocupados com a construção do Templo de Salomão?Resposta – Estavam.Pergunta – De que se encarregavam?Resposta – Salomão fornecia provisões e dinheiro para pagar os trabalhadores; Hirão, rei de Tiro, supria os materiais para a construção; e Hirão Abiff executava ou supervisionava o trabalhoMais HistóriaÉ claro que, se nos atermos unicamente ao campo especulativo, a coisa vai longe. Porém precisamos ver o lado histórico para decidir se há mesmo ligações entre maçons e templários. Senão vejamos.A The Holy Craft and Fellowship of Masons, uma das primeiras ligas de pedreiros livres, só apareceria oficialmente em 1220. Apenas em 1350 o título de freestone-mason (depois free-mason) ou franco-maçom, surgiu.Em História dos Cavaleiros Templários, Élize de Montagnac conta sobre a mistura de estilos ocorrida na Escócia do ano 1728 e que poderia ser a origem da tradição templária na maçonaria. Nesse ano um barão escocês de nome John Mitchell Ramsay trouxe para Londres um sistema de franco-maçonaria totalmente desconhecido. Suas origens remontariam da época das cruzadas e sua instituição a Godefroy de Bouillon. O início deste sistema apresentava três graus: escoceses, noviços e Cavaleiros Templários. As iniciações deste último eram acompanhadas de toda a pompa própria das cerimônias da antiga Cavalaria.Vale lembrar que este sistema terminou sendo espalhado e adotado depois por quase todo o continente europeu. Foi a principal fonte para a constituição dos chamados Altos Graus. Na França, foi introduzido em 24 de novembro de 1788 num capítulo chamado Clermont, alusão ao Conde de Clermont que foi grão-mestre em 1743. Foi nessa mesma loja que foram instituídos os maçons templários.Há vários trabalhos sobre a franco-maçonaria que são de autoria do Barão de Hund, membro da loja Clermont. Num deles o nobre deixa claro que o Regime da Estrita Observância, nome dado ao sistema trazido por Ramsay, é “o único sucessor dos Templários” e que seu objetivo maior é perpetuar a existência da Ordem agora sob a proteção da maçonaria.O livro Os Templários, de Michel Lamy, conta ainda uma outra versão sobre os atos do Barão de Hund. Ele define Ramsay como “um baronete escocês que, no século XVIII, procurava raízes prestigiosas para a franco-maçonaria. Na mesma ocasião, na reunião de delegados chamada de Clermont, foram instituídos os graus de ‘maçons-templários’.
O Barão de Hund, que participou nele, parece estar na origem da história do cavaleiro d'Aumont. Esta lenda fez carreira, sobretudo, na Alemanha, onde as sociedades secretas pululavam literalmente.Munido de uma carta assinada por Charles-Edward Stuart, o Barão de Hund fez com que lhe concedessem o título de Grão-Mestre dos Templários, o que não deixou de levantar algumas contestações no mundo maçônico. Paralelamente, sob a influência do lionense Jean-Baptiste Willermoz, a lenda templária iria levar à criação de determinados ‘altos graus’ na maçonaria, como os ‘cavaleiros benfeitores da Cidade Santa’”.O próprio Lamy admite: “É inegável que podem ter existido pontos comuns, mais que não fosse através da maçonaria operativa, a das associações profissionais e dos mesteirais. Lembremo-nos daqueles companheiros que entraram na clandestinidade depois da queda da Ordem. Também eles puderam dar à maçonaria futura uma parte dessas lendas fundadoras e desses rituais que devem tanto à arquitetura”. Seja como for, é bem provável que ninguém nunca conseguirá uma prova histórica que confirme esse fato. Como na maioria dos casos em que as Sociedades Secretas estão envolvidas, também esta estranha relação ficará nas sombras, sem confirmação nem desmentido.
.Por Sérgio Pereira CoutoPublicado: 01/07/2007
Vamos analisar mais um pouco o mito Templário. Sabemos que, historicamente, a liderança da Ordem era composta por alguns poucos membros. Lembremos os cavaleiros originais, liderados por Hugo de Payns. Inicialmente há um grande espaço de nove anos do momento em que começam a atuar em Jerusalém até quando partem para buscar a aprovação da Igreja para sua Ordem.
Nesse meio tempo, o que fizeram na Terra Santa? Mais uma vez entram as especulações, que nos dizem que teriam dedicados eu tempo a revirar as ruínas do Templo de Salomão, onde teriam achado seu tesouro. O livro As Sociedades Secretas, de Gianni Vannoni, fala como teria sido a descoberta desse tesouro no seguinte trecho:“Vencidos os obstáculos, descobriram uma passagem oculta só conhecida antes por iniciados nos mistérios, e no fim dessa passagem, uma porta dourada onde estava escrito:” Se é a curiosidade que aqui vos conduz, desisti e voltai. Se persistirdes em conhecer os mistérios da existência, fazei antes o vosso testamento e despedi-vos do mundo dos vivos".Dessa forma, após muita hesitação, um dos cavaleiros bateu na porta dizendo: "Abri em nome de Cristo" e a porta abriu-se. Ao entrarem, encontraram entre figuras estranhas uma forma de estátuas e estatuetas, um trono coberto de seda e sobre ele, um triângulo com a décima letra hebraica, YOD. Junto aos degraus do trono, estava a Lei Sagrada ““.Delírio? Pode ser. Mas muitas acreditam piamente de que esse suposto tesouro tenha existido e que sua descoberta mudou a história da Ordem para sempre.E o que seria este tesouro? Para muitos algo que teria contribuído de maneira decisiva para, durante seu apogeu, fazer surgir a arquitetura gótica.
Quem estuda este estilo sabe que seu aparecimento foi repentino e não resultado de um longo processo. Claro que nem todas as catedrais foram construídas pelos Templários. Porém maioria delas seguem regras explícitas e são voltadas para a adoração de Deus em cada detalhe de seu simbolismo. Por exemplo, a Catedral de Chartres possui rosáceas, forma de cruz, ângulos internos e outros detalhes que são considerados parte da arquitetura sagrada.Uma prova do quão engenhosa era esta arquitetura é a análise de alguns elementos básicos. A arquitetura romana baseia-se numa força que age de cima para baixo, onde a cúpula redonda pressiona com seu peso os muros e estabiliza dessa maneira a construção. Já os arcos pontudos de uma catedral gótica baseiam-se no princípio contrário, ou seja, a pressão age de baixo para cima. Alguns sites de arquitetura afirmam que “uma cúpula romana pode eventualmente cair, se mal construída, mas um arco gótico pode explodir. Trata-se de um caso de tensão dinâmica”.E de onde ela teria vindo originalmente? Para muitos foi da planta do Templo de Salomão. As colunas que havia em sua entrada são reproduzidas até hoje de maneira similar em algumas obras, como a Capela de Rosslyn .
E curiosamente vemos a mesma configuração nas entradas de qualquer loja maçônica.Falando nisso, alguém já teve a oportunidade de entrar numa loja dessas? Então experimente. Muitos dos rituais maçons têm a disposição da planta do Templo de Salomão.O seguinte trecho está na obra A Espada e o Graal, de Andrew Sinclair, e reproduz um diálogo tipicamente maçom:Pergunta – O que sustenta a nossa loja?Reposta – Três colunas.Pergunta – Diga, quais os seus nomes, irmão?Resposta – Sabedoria, Força e Beleza.Pergunta – O que representam?Resposta – Três Grão-Mestres: Salomão, Rei de Israel; Hirão, rei de Tiro; e Hirão Abiff, que foi morto por três companheiros de ofício.Pergunta – Esses Grão-Mestres estavam ocupados com a construção do Templo de Salomão?Resposta – Estavam.Pergunta – De que se encarregavam?Resposta – Salomão fornecia provisões e dinheiro para pagar os trabalhadores; Hirão, rei de Tiro, supria os materiais para a construção; e Hirão Abiff executava ou supervisionava o trabalhoMais HistóriaÉ claro que, se nos atermos unicamente ao campo especulativo, a coisa vai longe. Porém precisamos ver o lado histórico para decidir se há mesmo ligações entre maçons e templários. Senão vejamos.A The Holy Craft and Fellowship of Masons, uma das primeiras ligas de pedreiros livres, só apareceria oficialmente em 1220. Apenas em 1350 o título de freestone-mason (depois free-mason) ou franco-maçom, surgiu.Em História dos Cavaleiros Templários, Élize de Montagnac conta sobre a mistura de estilos ocorrida na Escócia do ano 1728 e que poderia ser a origem da tradição templária na maçonaria. Nesse ano um barão escocês de nome John Mitchell Ramsay trouxe para Londres um sistema de franco-maçonaria totalmente desconhecido. Suas origens remontariam da época das cruzadas e sua instituição a Godefroy de Bouillon. O início deste sistema apresentava três graus: escoceses, noviços e Cavaleiros Templários. As iniciações deste último eram acompanhadas de toda a pompa própria das cerimônias da antiga Cavalaria.Vale lembrar que este sistema terminou sendo espalhado e adotado depois por quase todo o continente europeu. Foi a principal fonte para a constituição dos chamados Altos Graus. Na França, foi introduzido em 24 de novembro de 1788 num capítulo chamado Clermont, alusão ao Conde de Clermont que foi grão-mestre em 1743. Foi nessa mesma loja que foram instituídos os maçons templários.Há vários trabalhos sobre a franco-maçonaria que são de autoria do Barão de Hund, membro da loja Clermont. Num deles o nobre deixa claro que o Regime da Estrita Observância, nome dado ao sistema trazido por Ramsay, é “o único sucessor dos Templários” e que seu objetivo maior é perpetuar a existência da Ordem agora sob a proteção da maçonaria.O livro Os Templários, de Michel Lamy, conta ainda uma outra versão sobre os atos do Barão de Hund. Ele define Ramsay como “um baronete escocês que, no século XVIII, procurava raízes prestigiosas para a franco-maçonaria. Na mesma ocasião, na reunião de delegados chamada de Clermont, foram instituídos os graus de ‘maçons-templários’.
O Barão de Hund, que participou nele, parece estar na origem da história do cavaleiro d'Aumont. Esta lenda fez carreira, sobretudo, na Alemanha, onde as sociedades secretas pululavam literalmente.Munido de uma carta assinada por Charles-Edward Stuart, o Barão de Hund fez com que lhe concedessem o título de Grão-Mestre dos Templários, o que não deixou de levantar algumas contestações no mundo maçônico. Paralelamente, sob a influência do lionense Jean-Baptiste Willermoz, a lenda templária iria levar à criação de determinados ‘altos graus’ na maçonaria, como os ‘cavaleiros benfeitores da Cidade Santa’”.O próprio Lamy admite: “É inegável que podem ter existido pontos comuns, mais que não fosse através da maçonaria operativa, a das associações profissionais e dos mesteirais. Lembremo-nos daqueles companheiros que entraram na clandestinidade depois da queda da Ordem. Também eles puderam dar à maçonaria futura uma parte dessas lendas fundadoras e desses rituais que devem tanto à arquitetura”. Seja como for, é bem provável que ninguém nunca conseguirá uma prova histórica que confirme esse fato. Como na maioria dos casos em que as Sociedades Secretas estão envolvidas, também esta estranha relação ficará nas sombras, sem confirmação nem desmentido.
.Por Sérgio Pereira CoutoPublicado: 01/07/2007
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
A Ordem dos Cavaleiros Templários - Eles eram maçons? Parte I
Um dos temas que foram objeto de um profundo debate, durante o bate - papo que originou a criação dos Blogs (Jus Lyricus e este), foi a vida e história dos Templários.
Uma enorme curiosidade sobre sua religião, sua fé, sua riqueza tanto material, espitirual, comocultural e tecnilógica. Diante de tudo isso, colocaremos pontos de estudos destinados ao tema.
O primeiro deles é a relação dos Templários com a maçonaria. Assim como os Templários, a Maçonaria, até hoje é objeto da curiosidade do homem, pois que como se observa em várias passagens da história, a maçonaria não só tudo de perto, como também participou ativamente em vários episódios da história moderna e de forma mais branda na era conteporânea. Aqui, encontramos fontes ricas em detalhes, que podem nos mostrar um pouco mais desses incríveis cavalheiros.
A destruição causada pelos otomanos do arquivo central dos Templários em 1571, que estava em sai central na Ilha de Chipre, teve conseqüências terríveis. Esta é a principal causa do porque sabemos tão pouco sobre a Ordem.
Não há como prever a quantidade de informações preciosas que foram perdidas. Talvez soubéssemos mais sobre seus integrantes e a natureza de seus trabalhos se eles tivessem sobrevivido. Assim o assunto não seria tão coroado de especulações como é hoje.
Uma das inúmeras versões faz justamente a ligação entre os Cavaleiros do Templo e uma das mais famosas e influentes sociedades secretas de todos os tempos, a maçonaria. Livros e filmes já foram feitos sobre o assunto e há quem realmente acredite que grande parte do conhecimento templário esteja até hoje diluído nas tradições maçônicas.
A primeira coisa que alguém pode perguntar é “mas a maçonaria não era composta por pedreiros?” Seguindo a linha de raciocínio destas versões podemos ver uma relação entre ambas as sociedades. Voltemos um pouco no tempo: como vimos lá nos capítulos 3 e 4, muitos historiadores acreditam na dispersão dos Templários quando a perseguição na França foi deflagrada. Um dos lugares mais prováveis para um refúgio seria justamente a Escócia.
Lá apenas dois Templários haviam sido presos e ambos eram ingleses. Em 1307 o papa havia excomungado o soberano conhecido como Robert o Bruce, que assassinara pouco tempo antes um pretendente ao trono, o que geraria um conflito entre o país e o papa por pelo menos 12 anos. Essa situação manteve as pretensões e imposições de Roma fora do caminho.Assim os historiadores encontraram várias lendas que ligam o Bruce aos Templários. A mais famosa delas fala que os fugitivos teriam ajudado o rei na Batalha de Bannockburn, que aconteceu em 1314.
Num dos muitos conflitos com a Inglaterra, esta batalha decidiria a questão da soberania escocesa. Num determinado momento, diz a lenda, os escoceses teriam recebido reforços num momento crítico, que teriam provocado o pânico nas tropas inglesas. Esses reforços teriam sido os Templários?Outra lenda fala, citada por Karen Ralls, diz que uma rede de famílias pertencentes à nobreza escocesa teria agido para transmitir uma tradição templária anos depois da supressão da Ordem. Seja como for parece haver poucas dúvidas sobre a presença dos cavaleiros nas terras do norte da Grã-Bretanha.
Mas o que isso tudo tem a ver com a maçonaria? Pedro Silva fala que, embora os cavaleiros estivessem num território seguro, sempre havia o medo de que pudessem ser descobertos e considerados novamente como traidores. Por isso teriam se valido de seus conhecimentos da arquitetura sagrada (que, como vimos, pode ter sido um dos muitos conhecimentos obtidos na Terra Santa) e assumiram um novo disfarce: o de pedreiros. De fato há muitas catedrais e construções góticas que apresentam uma variedade de figuras místicas gravadas em suas paredes cujo significado é desconhecido até hoje e que lembram símbolos usados pelos Templários.Ritos maçônicosHá uma organização templária moderna que não foi citada no capítulo 5 por motivos óbvios: ela se diz completamente ligada à maçonaria, talvez de maneiras mais diretas do que as demais. Os The Kight Templars (cujo site não foi possível localizar) diz, de acordo com Pedro Silva, que todos são membros da maçonaria.
Porém nem todos os maçons são templários. Esses cavaleiros se dizem uma organização fraternal cristã fundada no século XI. Atuam hoje, como as demais organizações templárias, com causas beneficientes e captam fundos para a pesquisa científica e médica. Possuem duas divisões: uma fundação dedicada ao estudo de problemas relacionados com a visão humana e outra, iniciada em 1922, que faz empréstimos os jovens carentes e com dificuldades financeiras.
Sua estrutura está dividida em três grandes segmentos: a The Grand Encampment of Knights Templar define os 11 rituais que comandam as atividades da Ordem; a The Grand Commandery of Knights Templar é o órgão que representa os membros nos estados; e a Commandery of Knights Templar, que controla os assuntos locais. Esta Ordem possui cerca de 260 mil membros divididos em 1500 unidades nos Estados Unidos, Itália, México e Alemanha, entre outros países. Para poder entrar o candidato deve ser maçom e cristão.Dentro da tradição conhecida da maçonaria há um rito conhecido como Rito de York de Franco-Maçonaria (ou Arco Real), do qual o esquema templário é parte integrante. Acredita-se que esta tradição tenha sido criada por volta de 1743 e que foi levado para a Inglaterra por volta de 1777. Era composto inicialmente por quatro graus, mas evoluiu para o aspecto moderno de 13. É o mais difundido mundialmente.Outro rito que teria algo dos Templários é o Rito Escocês Antigo e Aceito. Diz uma versão de um estudo que os Templários partiram em 1307 com 18 navios carregados com o lendário Tesouro. Uma parte aportou na Escócia e os cavaleiros se associaram com Guardas Escoceses para, juntos, formarem o Rito Escocês.
Assim os maçons seriam os verdadeiros guardiões autorizados de seus segredos arcanos. Para muitos estudiosos da maçonaria, o REAA é "orientado em forma de magia, enfatizando uma hierarquia social e política, uma ordem divina e um plano cósmico subjacente". Este rito teve suas regras oficialmente fixadas em 1786 e constitui-se de 33 graus. É o mais difundido na América Latina.Há um outro, entretanto, que se diz derivado dos Templários. Trata-se do chamado Rito da Grande Loja de Estocolmo (também conhecido sob o nome de Sistema Sueco). Seus seguidores juram que possuem o testamento de Jacques de Molay, que possui em seu texto as provas de que a continuidade do Templo sobreviveu dentro da maçonaria. Também dizem que Beaujeu, sobrinho de de Molay, teria juntado as cinzas do grão-mestre e levado-as para enterrar. Colocou-as debaixo de uma lápide de forma quadrangular, onde fez a seguinte inscrição:Jackin-Boaz-Mac-Benac(Jacobus-Burgundicus-Molay-Bustus)A.-Do.-Nai.-Jehova.-Croisade.(Anno-Dommini-Nostri-Jesus-Christi)Esse Rito é composto de 12 graus que se dividem em quatro classes. Os mais elevados constituem o Capítulo Iluminado, onde os membros devem ter, pelo menos, “quatro quartos de nobreza”. Os que atingem o Grau Superior tornam-se nobres, caso ainda não o sejam.
Texto adaptado do livro Sociedades Secretas - Templários, publicado pela editora Universo dos Livros
Uma enorme curiosidade sobre sua religião, sua fé, sua riqueza tanto material, espitirual, comocultural e tecnilógica. Diante de tudo isso, colocaremos pontos de estudos destinados ao tema.
O primeiro deles é a relação dos Templários com a maçonaria. Assim como os Templários, a Maçonaria, até hoje é objeto da curiosidade do homem, pois que como se observa em várias passagens da história, a maçonaria não só tudo de perto, como também participou ativamente em vários episódios da história moderna e de forma mais branda na era conteporânea. Aqui, encontramos fontes ricas em detalhes, que podem nos mostrar um pouco mais desses incríveis cavalheiros.
A destruição causada pelos otomanos do arquivo central dos Templários em 1571, que estava em sai central na Ilha de Chipre, teve conseqüências terríveis. Esta é a principal causa do porque sabemos tão pouco sobre a Ordem.
Não há como prever a quantidade de informações preciosas que foram perdidas. Talvez soubéssemos mais sobre seus integrantes e a natureza de seus trabalhos se eles tivessem sobrevivido. Assim o assunto não seria tão coroado de especulações como é hoje.
Uma das inúmeras versões faz justamente a ligação entre os Cavaleiros do Templo e uma das mais famosas e influentes sociedades secretas de todos os tempos, a maçonaria. Livros e filmes já foram feitos sobre o assunto e há quem realmente acredite que grande parte do conhecimento templário esteja até hoje diluído nas tradições maçônicas.
A primeira coisa que alguém pode perguntar é “mas a maçonaria não era composta por pedreiros?” Seguindo a linha de raciocínio destas versões podemos ver uma relação entre ambas as sociedades. Voltemos um pouco no tempo: como vimos lá nos capítulos 3 e 4, muitos historiadores acreditam na dispersão dos Templários quando a perseguição na França foi deflagrada. Um dos lugares mais prováveis para um refúgio seria justamente a Escócia.
Lá apenas dois Templários haviam sido presos e ambos eram ingleses. Em 1307 o papa havia excomungado o soberano conhecido como Robert o Bruce, que assassinara pouco tempo antes um pretendente ao trono, o que geraria um conflito entre o país e o papa por pelo menos 12 anos. Essa situação manteve as pretensões e imposições de Roma fora do caminho.Assim os historiadores encontraram várias lendas que ligam o Bruce aos Templários. A mais famosa delas fala que os fugitivos teriam ajudado o rei na Batalha de Bannockburn, que aconteceu em 1314.
Num dos muitos conflitos com a Inglaterra, esta batalha decidiria a questão da soberania escocesa. Num determinado momento, diz a lenda, os escoceses teriam recebido reforços num momento crítico, que teriam provocado o pânico nas tropas inglesas. Esses reforços teriam sido os Templários?Outra lenda fala, citada por Karen Ralls, diz que uma rede de famílias pertencentes à nobreza escocesa teria agido para transmitir uma tradição templária anos depois da supressão da Ordem. Seja como for parece haver poucas dúvidas sobre a presença dos cavaleiros nas terras do norte da Grã-Bretanha.
Mas o que isso tudo tem a ver com a maçonaria? Pedro Silva fala que, embora os cavaleiros estivessem num território seguro, sempre havia o medo de que pudessem ser descobertos e considerados novamente como traidores. Por isso teriam se valido de seus conhecimentos da arquitetura sagrada (que, como vimos, pode ter sido um dos muitos conhecimentos obtidos na Terra Santa) e assumiram um novo disfarce: o de pedreiros. De fato há muitas catedrais e construções góticas que apresentam uma variedade de figuras místicas gravadas em suas paredes cujo significado é desconhecido até hoje e que lembram símbolos usados pelos Templários.Ritos maçônicosHá uma organização templária moderna que não foi citada no capítulo 5 por motivos óbvios: ela se diz completamente ligada à maçonaria, talvez de maneiras mais diretas do que as demais. Os The Kight Templars (cujo site não foi possível localizar) diz, de acordo com Pedro Silva, que todos são membros da maçonaria.
Porém nem todos os maçons são templários. Esses cavaleiros se dizem uma organização fraternal cristã fundada no século XI. Atuam hoje, como as demais organizações templárias, com causas beneficientes e captam fundos para a pesquisa científica e médica. Possuem duas divisões: uma fundação dedicada ao estudo de problemas relacionados com a visão humana e outra, iniciada em 1922, que faz empréstimos os jovens carentes e com dificuldades financeiras.
Sua estrutura está dividida em três grandes segmentos: a The Grand Encampment of Knights Templar define os 11 rituais que comandam as atividades da Ordem; a The Grand Commandery of Knights Templar é o órgão que representa os membros nos estados; e a Commandery of Knights Templar, que controla os assuntos locais. Esta Ordem possui cerca de 260 mil membros divididos em 1500 unidades nos Estados Unidos, Itália, México e Alemanha, entre outros países. Para poder entrar o candidato deve ser maçom e cristão.Dentro da tradição conhecida da maçonaria há um rito conhecido como Rito de York de Franco-Maçonaria (ou Arco Real), do qual o esquema templário é parte integrante. Acredita-se que esta tradição tenha sido criada por volta de 1743 e que foi levado para a Inglaterra por volta de 1777. Era composto inicialmente por quatro graus, mas evoluiu para o aspecto moderno de 13. É o mais difundido mundialmente.Outro rito que teria algo dos Templários é o Rito Escocês Antigo e Aceito. Diz uma versão de um estudo que os Templários partiram em 1307 com 18 navios carregados com o lendário Tesouro. Uma parte aportou na Escócia e os cavaleiros se associaram com Guardas Escoceses para, juntos, formarem o Rito Escocês.
Assim os maçons seriam os verdadeiros guardiões autorizados de seus segredos arcanos. Para muitos estudiosos da maçonaria, o REAA é "orientado em forma de magia, enfatizando uma hierarquia social e política, uma ordem divina e um plano cósmico subjacente". Este rito teve suas regras oficialmente fixadas em 1786 e constitui-se de 33 graus. É o mais difundido na América Latina.Há um outro, entretanto, que se diz derivado dos Templários. Trata-se do chamado Rito da Grande Loja de Estocolmo (também conhecido sob o nome de Sistema Sueco). Seus seguidores juram que possuem o testamento de Jacques de Molay, que possui em seu texto as provas de que a continuidade do Templo sobreviveu dentro da maçonaria. Também dizem que Beaujeu, sobrinho de de Molay, teria juntado as cinzas do grão-mestre e levado-as para enterrar. Colocou-as debaixo de uma lápide de forma quadrangular, onde fez a seguinte inscrição:Jackin-Boaz-Mac-Benac(Jacobus-Burgundicus-Molay-Bustus)A.-Do.-Nai.-Jehova.-Croisade.(Anno-Dommini-Nostri-Jesus-Christi)Esse Rito é composto de 12 graus que se dividem em quatro classes. Os mais elevados constituem o Capítulo Iluminado, onde os membros devem ter, pelo menos, “quatro quartos de nobreza”. Os que atingem o Grau Superior tornam-se nobres, caso ainda não o sejam.
Texto adaptado do livro Sociedades Secretas - Templários, publicado pela editora Universo dos Livros
Paranormalidade: O que é isso? Como isso interfere na sua vida?
Paranormal é um termo empregado para descrever as proposições de uma grande variedade de fenômenos anômalos ou estranhos ao conhecimento científico.
Muitos compreendem o termo paranormal como sinônimo de parapsicologia, que lida com fenômenos psíquicos como telepatia, ESP, e estudos do sobrenatural como fantasmas. No entanto, o termo mais amplo para paranormal inclui assuntos considerados como sendo externos ou fora do alcance da parapsicologia, incluindo UFOs, criptozoologia e muitos outros de cunho não-psíquico.
Paranormal portanto, é todo conhecimento que não pode ser explicado pelo nosso conhecimento científico atual sobre o cérebro humano.
Existem pessoas que alegam possuir poderes paranormais, e acabam sendo excluídas do círculo social por serem consideradas estranhas[carece de fontes?]. Para os defensores de teses paranormais, a capacidade de possuir os supostos poderes paranormais seria na verdade a possível manifestação de um dom e deve ser respeitada. Paralelamente aplica-se a palavra aos fenômenos pouco habituais, sejam físicos ou psíquicos.
Como fora anteriormente mencionado, geralmente paranormalidade, está atrelada a outras manifestações como por exemplo a mediunidade.
A mediunidade é o nome atribuído a uma capacidade humana que permite uma comunicação entre homens e espíritos. Ela se manifestaria [1] de forma mais ou menos intensa em todos os indivíduos. Porém, usualmente apenas aqueles que apresentam num grau mais perceptível são chamados médiuns[2].
Assim, um espírito que deseja comunicar-se entra em contato com a mente do médium e, por esse meio, se comunica oralmente (psicofonia), pela escrita (psicografia), ou ainda se faz visível ao médium (vidência). Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, descreve também fenômenos de ordem física, como batidas (tiptololigia), escrita direta (pneumatografia), voz direta (pneumatofonia), e ainda materializações ectoplasmáticas em que o espírito desencarnado se faz visível e até palpável aos presentes no ambiente onde ocorra o fenômeno. Outras formas de comunicação com os espíritos podem ser encontradas em O Livro dos Médiuns.
Enquanto no meio espírita utiliza-se a palavra médium para designar o indivíduo que serve de instrumento de comunicação entre os homens e espíritos, outras doutrinas e correntes filosóficas utilizam termos como clarividente, intuitivo, sensitivo. No entanto, o significado desses termos é, pode ser considerado por alguns com o mesmo significado, porém cada um pode ser disguinguido como uma faculdade sensitiva diferente. Medium seria aquele que serve de elo entre o mundo em que vivem os espiritos (quarta vertical, quartal dimensão, mundo astral...) e o mundo terreno, assim este se abre para que o espirito se utilize dele. Clarividente é aquele que tem capacidade de enxergar a quarta vertical através da "terceira visão". Intuitivo é aquele que tem capacidade de sentir a cadeia dos acontecimentos e assim preve-los, assim sensitivo também se adequaria a está faculdade.
Os parapsicólogos forenses, também conhecidos como investigadores psíquicos (do inglês Psychic Witness), são sensitivos que trabalham em conjunto com a polícia na investigação de crimes de difícil solução[3] (inexistência de testemunhas, escassez de provas, excesso de suspeitos,...). O papel desses paranormais, segundo Sérgio Pereira Couto em artigo na revista Ciência Criminal [3], "consiste basicamente em captar sensações sobre o que aconteceu nos locais dos crimes e passar as informações para que os detetives tomem as devidas providências administrativas, incluindo a detenção de suspeitos para interrogatório".
Com o sucesso dos seriados em canais pagos que tratam do tema, as polícias de diversos estados americanos passaram a admitir em público o uso de paranormais em investigações onde a tecnologia mostra-se insuficiente.
O Discovery Channel elaborou um seriado para tratar desse tema, reportando as atividades de quinze investigadores psíquicos no apoio às polícias de diversos estados americanos, como a Califórnia, Ohio, a Pensilvânia, a Louisiana e o Arizona.
Vale no entanto destacar que a Lei americana obriga a polícia a ouvir todos os que dizem saber algo sobre a investigação, incluindo aqueles que se intitulam médiuns ou sensitivos, que voluntariamente se apresentam para ajudar, não fazendo parte do procedimento policial a busca de cartomantes, médiuns, etc para a solução de crimes. Na Tv, o seriado chega a ser fantasioso e não apresenta os milhares de casos onde tal ajuda não resultou em sucesso, não se enquadrando, o entretenimento, em reportagem investigativa ou mesmo documentário sério.
Sally Headding, uma respeitada clarividente americana, formada em psicologia clínica e Ph.D. pela Universidade de Berkeley (Califórnia), aponta que atualmente o principal problema da popularidade dos investigadores psíquicos nos EUA é o surgimento de uma série de falsos médiuns que se apresentam para ajudar a polícia em casos de grande repercussão. No entanto, segundo as palavras de Sally, os verdadeiros médiuns dificilmente procuram a polícia, ao contrário, são convidados por esta para colaborar nas investigações, o que tecnicamente não é verdade segundo as leis americanas.
No Brasil, o uso de médiuns em processos da Justiça é reconhecido oficialmente apenas no Estado de Pernambuco, onde a Constituição Estadual, além de legitimar o testemunho de médiuns, prevê como obrigação daquele Estado e dos seus municípios a prestação de "assistência à pessoa dotada dessa faculdade, [desde que] comprovado por profissionais especializados". Essa comprovação é justamente um mecanismo para que se tenha certeza de não se tratar de um caso de charlatanismo.[3] Infelizmente, o processo de definição pelo estado do que é charlatanismo ou não, não está claro.
Textos psicografados por médiuns como Chico Xavier e Jorge José Santa Maria (da Sociedade Beneficente Espírita Amor e Luz, no Município de Porto Alegre) já foram incorporados a processos criminais na forma de provas documentais.[3]
Na segunda metade do seculo 19 diversos médiuns foram levados a realizar testes que tornaram supostametne plausíveis a existência de espíritos, por exemplo as médiuns Leonora Piper e Gladys Osborne Leonard. Os resultados obtidos na época, com cada uma dessas médiuns, foram bastante convincentes. Piper foi tão famosa que chegou a ser citada na Enciclopédia Britânica de 1911 em dois verbetes[4] [5], e ainda admitida no discurso de William James publicado pela revista Science como possuidora de poderes paranormais[6] .
O neurocientista Núbor Orlando Facure diz que a mediunidade é um fenômeno fisiológico, universal comum a todas as pessoas, e que pode se manifestar de diferentes maneiras. Nos estudos que realiza, busca compreender a relação entre os núcleos de base dos automatismos psico-motores e aqueles que geram o fenômeno da mediunidade. Em entrevista dada à revista Universo Espírita (N°35, Ano 3), Facure aponta que os neurônios em espelho podem ser os responsáveis pela sintonia que permite sentirmos no lugar do outro. No entanto, Facure também diz que isso são apenas conjecturas e que atualmente não existe comprovação científica de que o fenômeno se dê dessa forma[7].
Em pesquisa realizada por Frederico Leão e Francisco Lotufo, Médicos-psiquiatra da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, constatou-se uma melhora dos aspectos clínicos e comportamentais de "650 pacientes portadores de deficiências mental e múltiplas" ao submetê-los a um tratamento espiritual realizado através de reuniões mediúnicas. Como resultado do estudo, os autores sugerem a "aplicação do modelo de prática das comunicações mediúnicas como terapias complementares"[8].
As polêmicas em torno da mediunidade baseiam-se, em grande parte, pelos argumentos apresentados por outras religiões também cristãs, dizendo que a Bíblia condena a prática da necromancia e demonstrando que os espíritos poderiam ser demônios comandados por Satanás, com o simples intuito de realizar diversos tipos de enganos. Mas esse argumento encontra contradição no próprio fato de que já foram psicografados diversos textos com ensinamentos de acordo com os de Jesus, o que não condiz com as características que normalmente seriam atribuídas a um demônio enganador, mas isso não diz anada, já que demônios podem se passar por anjos. Já para a Doutrina Espírita, a Bíblia não condena a prática mediúnica pois esta seria um fenômeno natural.
Aí está. Nosso convite é: Existem várias manifestações atreladas ao fenômeno da paranormalidade. Um deles, a mediunidade foi exemplificado, contudo existem outros. Deixe seu comentário, traga mais informações, textos ou artigos.
Inclua em sua pesquisa também a mediunidade, pois o tema abordado acima, foi muito superficial.
Muitos compreendem o termo paranormal como sinônimo de parapsicologia, que lida com fenômenos psíquicos como telepatia, ESP, e estudos do sobrenatural como fantasmas. No entanto, o termo mais amplo para paranormal inclui assuntos considerados como sendo externos ou fora do alcance da parapsicologia, incluindo UFOs, criptozoologia e muitos outros de cunho não-psíquico.
Paranormal portanto, é todo conhecimento que não pode ser explicado pelo nosso conhecimento científico atual sobre o cérebro humano.
Existem pessoas que alegam possuir poderes paranormais, e acabam sendo excluídas do círculo social por serem consideradas estranhas[carece de fontes?]. Para os defensores de teses paranormais, a capacidade de possuir os supostos poderes paranormais seria na verdade a possível manifestação de um dom e deve ser respeitada. Paralelamente aplica-se a palavra aos fenômenos pouco habituais, sejam físicos ou psíquicos.
Como fora anteriormente mencionado, geralmente paranormalidade, está atrelada a outras manifestações como por exemplo a mediunidade.
A mediunidade é o nome atribuído a uma capacidade humana que permite uma comunicação entre homens e espíritos. Ela se manifestaria [1] de forma mais ou menos intensa em todos os indivíduos. Porém, usualmente apenas aqueles que apresentam num grau mais perceptível são chamados médiuns[2].
Assim, um espírito que deseja comunicar-se entra em contato com a mente do médium e, por esse meio, se comunica oralmente (psicofonia), pela escrita (psicografia), ou ainda se faz visível ao médium (vidência). Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, descreve também fenômenos de ordem física, como batidas (tiptololigia), escrita direta (pneumatografia), voz direta (pneumatofonia), e ainda materializações ectoplasmáticas em que o espírito desencarnado se faz visível e até palpável aos presentes no ambiente onde ocorra o fenômeno. Outras formas de comunicação com os espíritos podem ser encontradas em O Livro dos Médiuns.
Enquanto no meio espírita utiliza-se a palavra médium para designar o indivíduo que serve de instrumento de comunicação entre os homens e espíritos, outras doutrinas e correntes filosóficas utilizam termos como clarividente, intuitivo, sensitivo. No entanto, o significado desses termos é, pode ser considerado por alguns com o mesmo significado, porém cada um pode ser disguinguido como uma faculdade sensitiva diferente. Medium seria aquele que serve de elo entre o mundo em que vivem os espiritos (quarta vertical, quartal dimensão, mundo astral...) e o mundo terreno, assim este se abre para que o espirito se utilize dele. Clarividente é aquele que tem capacidade de enxergar a quarta vertical através da "terceira visão". Intuitivo é aquele que tem capacidade de sentir a cadeia dos acontecimentos e assim preve-los, assim sensitivo também se adequaria a está faculdade.
Os parapsicólogos forenses, também conhecidos como investigadores psíquicos (do inglês Psychic Witness), são sensitivos que trabalham em conjunto com a polícia na investigação de crimes de difícil solução[3] (inexistência de testemunhas, escassez de provas, excesso de suspeitos,...). O papel desses paranormais, segundo Sérgio Pereira Couto em artigo na revista Ciência Criminal [3], "consiste basicamente em captar sensações sobre o que aconteceu nos locais dos crimes e passar as informações para que os detetives tomem as devidas providências administrativas, incluindo a detenção de suspeitos para interrogatório".
Com o sucesso dos seriados em canais pagos que tratam do tema, as polícias de diversos estados americanos passaram a admitir em público o uso de paranormais em investigações onde a tecnologia mostra-se insuficiente.
O Discovery Channel elaborou um seriado para tratar desse tema, reportando as atividades de quinze investigadores psíquicos no apoio às polícias de diversos estados americanos, como a Califórnia, Ohio, a Pensilvânia, a Louisiana e o Arizona.
Vale no entanto destacar que a Lei americana obriga a polícia a ouvir todos os que dizem saber algo sobre a investigação, incluindo aqueles que se intitulam médiuns ou sensitivos, que voluntariamente se apresentam para ajudar, não fazendo parte do procedimento policial a busca de cartomantes, médiuns, etc para a solução de crimes. Na Tv, o seriado chega a ser fantasioso e não apresenta os milhares de casos onde tal ajuda não resultou em sucesso, não se enquadrando, o entretenimento, em reportagem investigativa ou mesmo documentário sério.
Sally Headding, uma respeitada clarividente americana, formada em psicologia clínica e Ph.D. pela Universidade de Berkeley (Califórnia), aponta que atualmente o principal problema da popularidade dos investigadores psíquicos nos EUA é o surgimento de uma série de falsos médiuns que se apresentam para ajudar a polícia em casos de grande repercussão. No entanto, segundo as palavras de Sally, os verdadeiros médiuns dificilmente procuram a polícia, ao contrário, são convidados por esta para colaborar nas investigações, o que tecnicamente não é verdade segundo as leis americanas.
No Brasil, o uso de médiuns em processos da Justiça é reconhecido oficialmente apenas no Estado de Pernambuco, onde a Constituição Estadual, além de legitimar o testemunho de médiuns, prevê como obrigação daquele Estado e dos seus municípios a prestação de "assistência à pessoa dotada dessa faculdade, [desde que] comprovado por profissionais especializados". Essa comprovação é justamente um mecanismo para que se tenha certeza de não se tratar de um caso de charlatanismo.[3] Infelizmente, o processo de definição pelo estado do que é charlatanismo ou não, não está claro.
Textos psicografados por médiuns como Chico Xavier e Jorge José Santa Maria (da Sociedade Beneficente Espírita Amor e Luz, no Município de Porto Alegre) já foram incorporados a processos criminais na forma de provas documentais.[3]
Na segunda metade do seculo 19 diversos médiuns foram levados a realizar testes que tornaram supostametne plausíveis a existência de espíritos, por exemplo as médiuns Leonora Piper e Gladys Osborne Leonard. Os resultados obtidos na época, com cada uma dessas médiuns, foram bastante convincentes. Piper foi tão famosa que chegou a ser citada na Enciclopédia Britânica de 1911 em dois verbetes[4] [5], e ainda admitida no discurso de William James publicado pela revista Science como possuidora de poderes paranormais[6] .
O neurocientista Núbor Orlando Facure diz que a mediunidade é um fenômeno fisiológico, universal comum a todas as pessoas, e que pode se manifestar de diferentes maneiras. Nos estudos que realiza, busca compreender a relação entre os núcleos de base dos automatismos psico-motores e aqueles que geram o fenômeno da mediunidade. Em entrevista dada à revista Universo Espírita (N°35, Ano 3), Facure aponta que os neurônios em espelho podem ser os responsáveis pela sintonia que permite sentirmos no lugar do outro. No entanto, Facure também diz que isso são apenas conjecturas e que atualmente não existe comprovação científica de que o fenômeno se dê dessa forma[7].
Em pesquisa realizada por Frederico Leão e Francisco Lotufo, Médicos-psiquiatra da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, constatou-se uma melhora dos aspectos clínicos e comportamentais de "650 pacientes portadores de deficiências mental e múltiplas" ao submetê-los a um tratamento espiritual realizado através de reuniões mediúnicas. Como resultado do estudo, os autores sugerem a "aplicação do modelo de prática das comunicações mediúnicas como terapias complementares"[8].
As polêmicas em torno da mediunidade baseiam-se, em grande parte, pelos argumentos apresentados por outras religiões também cristãs, dizendo que a Bíblia condena a prática da necromancia e demonstrando que os espíritos poderiam ser demônios comandados por Satanás, com o simples intuito de realizar diversos tipos de enganos. Mas esse argumento encontra contradição no próprio fato de que já foram psicografados diversos textos com ensinamentos de acordo com os de Jesus, o que não condiz com as características que normalmente seriam atribuídas a um demônio enganador, mas isso não diz anada, já que demônios podem se passar por anjos. Já para a Doutrina Espírita, a Bíblia não condena a prática mediúnica pois esta seria um fenômeno natural.
Aí está. Nosso convite é: Existem várias manifestações atreladas ao fenômeno da paranormalidade. Um deles, a mediunidade foi exemplificado, contudo existem outros. Deixe seu comentário, traga mais informações, textos ou artigos.
Inclua em sua pesquisa também a mediunidade, pois o tema abordado acima, foi muito superficial.
Umbanda - Religião de raízes africanas, mas de origem genuína do Brasil
Muitas são as lendas da origem da Umbanda. Várias correntes trazem para si ou dirigem para vários lugares onde ocorreu o nascimento da Umbanda.
Como nosso lema sempre foi tratar todos os assuntos de forma lógica, em pesquisa realizada, podemos observar que vários estudiosos, tratam do assunto, mencionando a origem da Umbanda aqui no nosso país, mais precisamente em Niterói.
Diz essa versão que Zélio, em 15 de novembro de 1908, acometido de doença misteriosa, teria sido levado a Federação Espírita de Niterói e, em determinado momento dos trabalhos da sessão Espírita manifestaram-se em Zélio espíritos que diziam ser de índio e escravo. O dirigente da Mesa pediu que se retirassem, por acreditar que não passavam de espíritos atrasados (sem doutrina). Mais tarde, naquela noite, os espíritos se nomearam como Caboclo das Sete Encruzilhadas e Pai Antônio.
Devido a hostilidade e a forma como foram tratados (como espíritos atrasados por se manifestarem como índio e um negro escravo). Essas entidades resolveram iniciar uma nova forma de culto, em que qualquer espírito pudesse trabalhar.
No dia seguinte, dia 16 de novembro, as entidades começaram a atender na residência de Zélio todos àqueles que necessitavam, e, posteriormente, fundaram a Tenda espírita Nossa Senhora da Piedade.
Essa nova forma de religião inicialmente foi chamada de Alabanda, mas acabou tomando o nome de Umbanda. Uma religião sem preconceitos que acolheria a todos que a procurassem: encarnados e desencarnados, em todas bandas.
Zélio foi o precursor de um "trabalho Umbandista Básico" (voltado à caridade assistêncial, sem cobrança e sem fazer o mal e priorizando o bem), uma forma "básica de culto" (muito simples), mas aberta à junção das formas já existentes (ao próprio Candomblé nos cultos Nagôs e Bantos, que deram origem às religioes mais africanas - Umbanda Omoloko, Umbanda de pretos-velhos; ou aquelas formas mais vinculadas à Doutrina Espírita - Umbanda Branca; ou aquelas formas oriundas da Pajelança do índio brasileiro - Umbanda de Caboclo; ou mesmo formas mescladas com o esoterismo de Papus - Gérard Anaclet Vincent Encausse, esoterismo teosófico de Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), de Joseph Alexandre Saint-Yves d´Alveydre - Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática, entre outras) que foram se mesclando e originando diversas correntes ou ramificações da Umbanda com suas próprias doutrinas, ritos, preceitos, cultura e características próprias dentro ou inerentes à prática de seus fundamentos.
Hoje temos várias religiões com o nome "Umbanda" ( Linhas Doutrinárias ) que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.
Alguns exemplos dessas ramificações são:
Umbanda Popular - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo - Santos Católicos associados aos Orixas Africanos;
Umbanda tradicional - Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes;
Umbanda Branca e/ou de Mesa - Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinária se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas como fonte doutrinária;
Umbanda Omolokô - Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;
Umbanda Traçada ou Umbandomblé - Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessões diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;
Umbanda Esotérica - É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: "conjunto de leis divinas";
Umbanda Iniciática - É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sanscrito;
Umbanda de Caboclo - influência do cultura indígina brasileira com seu foco principal nos guias conhecidos como "Caboclos";
Umbanda de pretos-velhos - influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos pretos-velhos;
Outras formas existem, mas não têm uma denominação apropriada. Se diferenciam das outras formas de Umbanda por diversos aspectos peculiares, mas que ainda não foram classificadas com um adjetivo apropriado para ser colocado depois da palavra Umbanda.
Como nosso lema sempre foi tratar todos os assuntos de forma lógica, em pesquisa realizada, podemos observar que vários estudiosos, tratam do assunto, mencionando a origem da Umbanda aqui no nosso país, mais precisamente em Niterói.
Diz essa versão que Zélio, em 15 de novembro de 1908, acometido de doença misteriosa, teria sido levado a Federação Espírita de Niterói e, em determinado momento dos trabalhos da sessão Espírita manifestaram-se em Zélio espíritos que diziam ser de índio e escravo. O dirigente da Mesa pediu que se retirassem, por acreditar que não passavam de espíritos atrasados (sem doutrina). Mais tarde, naquela noite, os espíritos se nomearam como Caboclo das Sete Encruzilhadas e Pai Antônio.
Devido a hostilidade e a forma como foram tratados (como espíritos atrasados por se manifestarem como índio e um negro escravo). Essas entidades resolveram iniciar uma nova forma de culto, em que qualquer espírito pudesse trabalhar.
No dia seguinte, dia 16 de novembro, as entidades começaram a atender na residência de Zélio todos àqueles que necessitavam, e, posteriormente, fundaram a Tenda espírita Nossa Senhora da Piedade.
Essa nova forma de religião inicialmente foi chamada de Alabanda, mas acabou tomando o nome de Umbanda. Uma religião sem preconceitos que acolheria a todos que a procurassem: encarnados e desencarnados, em todas bandas.
Zélio foi o precursor de um "trabalho Umbandista Básico" (voltado à caridade assistêncial, sem cobrança e sem fazer o mal e priorizando o bem), uma forma "básica de culto" (muito simples), mas aberta à junção das formas já existentes (ao próprio Candomblé nos cultos Nagôs e Bantos, que deram origem às religioes mais africanas - Umbanda Omoloko, Umbanda de pretos-velhos; ou aquelas formas mais vinculadas à Doutrina Espírita - Umbanda Branca; ou aquelas formas oriundas da Pajelança do índio brasileiro - Umbanda de Caboclo; ou mesmo formas mescladas com o esoterismo de Papus - Gérard Anaclet Vincent Encausse, esoterismo teosófico de Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), de Joseph Alexandre Saint-Yves d´Alveydre - Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática, entre outras) que foram se mesclando e originando diversas correntes ou ramificações da Umbanda com suas próprias doutrinas, ritos, preceitos, cultura e características próprias dentro ou inerentes à prática de seus fundamentos.
Hoje temos várias religiões com o nome "Umbanda" ( Linhas Doutrinárias ) que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.
Alguns exemplos dessas ramificações são:
Umbanda Popular - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo - Santos Católicos associados aos Orixas Africanos;
Umbanda tradicional - Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes;
Umbanda Branca e/ou de Mesa - Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinária se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas como fonte doutrinária;
Umbanda Omolokô - Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;
Umbanda Traçada ou Umbandomblé - Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessões diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;
Umbanda Esotérica - É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: "conjunto de leis divinas";
Umbanda Iniciática - É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sanscrito;
Umbanda de Caboclo - influência do cultura indígina brasileira com seu foco principal nos guias conhecidos como "Caboclos";
Umbanda de pretos-velhos - influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos pretos-velhos;
Outras formas existem, mas não têm uma denominação apropriada. Se diferenciam das outras formas de Umbanda por diversos aspectos peculiares, mas que ainda não foram classificadas com um adjetivo apropriado para ser colocado depois da palavra Umbanda.
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